terça-feira, 20 de junho de 2006

Opa ! Anota mais um aê !

Uma das memórias que você guarda da infância, provavelmente é aquele papo de colecionar flores e espinhos no céu, oriundos de nossas boas e más atitudes. Lição de casa feita valia uma florzinha no céu, florzinha esta que se anulava imediatamente com o espinho adquirido por recusar abobrinha refogada na hora do almoço. Ajudar uma senhora de idade a atravessar a rua era medalha de ouro na certa! Três flores! Se bem que isso é balela, pois não conheço um idoso sequer que seja louco o suficiente para confiar seus frágeis ossos a um aspirante à adolescente.

Enfim...

Você já imaginou papai do céu contando cada flor e espinho que conquistamos a cada dia de nossas vidas? Puta que pariu! O bicho deve ficar louco! Agora...Se isto é verdade, gostaria de saber como faço pra adquirir o regulamento dessa brincadeira! Afinal, se o Todo Poderoso pode brincar de analisar o meu dia-a-dia, eu tenho o direito de saber o que ele leva em consideração!

Se um mendigo qualquer me pede uma dose de pinga, e minha generosidade me impede de lhe dizer não, o TP deveria anotar a maldita florzinha lá pra mim! Mas quem me garante que o safadão tá fazendo isso? Ele pode ser tendencioso, e interpretar que eu prejudiquei o meu semelhante servindo-lhe uma substância que em breve acabará com sua vida. E sendo assim, minha valiosa rosa em um piscar de olhos se transformaria num maldito espinho cravado no meu rabo!

Quantas garrafas de cerveja nós poderíamos tomar diariamente antes que o TP nos erguesse o espinho da vagabundagem? ou do vício?
Bom...é melhor deixar este aspecto de lado, porque se formos recriminados a cada trago ou gole, o céu seria uma enorme estufa de cactos!

Já que chegamos a conclusão de que certos assuntos deveriam estar fora do placar geral, vamos aproveitar e desconsiderar os sete pecados capitais...Porque no mínimo, você é um filho da mãe, preguiçoso, que não para de imaginar a mulher do camarada pelada e vende até a alma pra ter dinheiro na vida!

Vamos ao que está em jogo! O que vale realmente são as nossas intenções, e não nossas atitudes!
Tá bom...não é verdade...Alguém já deve estar pensando que de boas intenções o inferno está cheio!

Então...Veremos por outro ponto de vista! Se eu fizer você sorrir, florzinha pra mim! Se fizer você chorar, espinho!
Se bem que aí fica complicado porque eu poderia fazê-lo chorar de rir...E isto iria virar uma grande bagunça!

Por falar em bagunça, eu imagino como estejam as minhas anotações lá em cima...tenho certeza que foi o TP que inventou o Post-it...Pois pra remarcar cada atitude que eu tomo, e volto atrás...
E vou além...ele deve pagar alguém pra fazer hora extra e ficar me vigiando...

Não vejo a hora de me chamarem para conferir o score:

- Sr. VitorGiglio, infelizmente o seu número de espinhos excedeu nosso limite diário, por favor, volte a cometer atitudes estúpidas apenas amanha (algo tipo hotmail, deu pra sacar?)

ou

- Sr. Vitor Giglio, é com prazer que lhe oferecemos um buquê, pois suas flores já não cabem mais no Paraíso!

Tá certo! Existe a possibilidade de tudo isso ser apenas mais uma mentira que os adultos nos contavam para nos educar na infância. Mas se por acaso existirem flores e espinhos em nosso profile, é bom ficar esperto, pois uma dia você mesmo poderá se assustar quando descobrir quem realmente é!

2 comentários:

Nívea Biazotto disse...

Lendo esse seu texto eu fiquei pensando no quanto uma atitude nossa (seja ela bem intensionada ou não), pode ter "n" interpretações. Tudo bem, meio óbvio isso. Mas é melhor eu nem pensar em como eu devo estar sendo julgada no jardim do vulgo TP... ehehe... Valeu pela visita. E belo texto.

Anônimo disse...

Mais longo que meu pênis, esses posts. Todos os outros tinham bons temas, que você fez questão de estragar escrevendo em 750 linhas o que poderia ser dito em umas sete.
Esse segue amesma fóirmula dos outros, com uma diferença básica: rachei o bico. O exemplo do mendigo foi realmente conflitante.
Mas taí, você me surpreendeu. Deve ser este o caminho. Não pare de escrever.
Um abraço, bichona.