terça-feira, 19 de setembro de 2006

E se...

Ele diz, para o outro, muitas coisas sobre ela. Finge que o mais anormal não foge a realidade, e que os pequenos detalhes não o incomodam. Mas quem o conhece sabe o quanto isto não é verdade.

Ele pensa, e pensa novamente, mas não abre mão da segurança que as atitudes defensivas lhe trazem. Respeitar em demasia uma pessoa, nunca havia sido um problema, até então, mas nem seus 64 anos de experiências amorosas foram suficientes para confortá-lo no momento.

O pobrezinho se sente como um criança, em meio a um turbilhão de emoções e sensações, inexplicáveis, segundo o mesmo.

Eis que então, a criatura atenta-se para um fato. Após meses sentado, assistindo a vida passar, surge um motivo para se aventurar novamente. São poucas as fichas que garantem a segurança num jogo arriscado, mas para um bom jogador, acima de tudo, um olhar é a única coisa que separa um campeão de um bom blefador.

Talvez o rapaz não seja um ou o outro, mas suas boas intenções o levarão a algum lugar. Esses são os votos de quem torce para uma história com final feliz.

Em nome dele, agradeço a um jovem escritor, fiel escudeiro, que o auxilia quase que diariamente em seus pensamentos mais profundos.